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 O farol Eu peguei o carro E dirigi sem rumo A cabeça quente precisa de ar puro Relembrando daquela briga com o Rômulo Estávamos à flor da pele e no outro Instante inertes Em alta velocidade por estradas desertas Eu parecia estar a sós com o mundo Com tantos nós no coração De tão apertados ele poderia explodir a Qualquer momento  Cansado então decidi parar numa praia Avistei um farol ao longe Já era de noite e a sua luz me guiava na  Escuridão Sentei na areia e fiquei paralisado, quase Hipnotizado  O farol se moveu do lugar feito mágica Diante dos meus olhos e a luz permanecia imóvel Senti que o tempo havia parado e comecei A ser atormentado por vozes chamando o  Meu nome - Carlos, eu sei que tu me escuta. Estou  Aqui para te falar uma coisa. - Quem tu é? - perguntei, com muito medo. - Rômulo. Agora eu sou de outro mundo. - Eu não estou te vendo. Por que tu está  Invisível? - Porque eu estou irreconhecível e inalcançável. Depois de nossa briga uma Luz me teletransportou e algo em mim s

Sempre teu.

 Maya, se ainda estiveres aí eu espero que saibas que eu ainda estou aqui Dói ter recebido o teu adeus sem nenhuma resposta, e a saudade sempre permaneceu desde a tua partida Aquela coisa, ferida que não cicatriza  Eu só quero conversar, te ter de volta na minha vida A gente falava tanta besteira, lembra? Me recordo de várias gargalhadas. Nós nos apoiávamos também, agora o que me restou foi a tua ausência Eu espero que tudo esteja bem aonde quer que tu estejas, eu ainda estou na sobrevivência diária Até logo Sempre teu, Sion. 
  O lápis pronto para a ação, o copo balançando-se de emoção, mas eu ainda não estou preparado. Sobre o que eu escrevo? São tantos pensamentos, devaneios. Amores perdidos, momentos querendo ser vividos, mas que desvaneceram-se como um sopro. Eu não quero escrever sobre esses amores frustrados, arruinados, já passaram, são ciclos encerrados, e outros estão se iniciando. O meu coração anda tão fraco, pusilânime, porém não perco o ânimo, a esperança por dias melhores.

Um homem...

  Um homem sentado em sua cadeira velha, sua mesa quase caindo aos pedaços e a sua empoeirada máquina de escrever, ele escreve, escreve e escreve, tudo o que sente, tudo o que está na mente, imagina e fantasia, cria uma grande expectativa. A sua vida não é tão interessante, ele levanta de manhã, a mesma rotina, toma o seu café, sozinho e sem companhia. Vai e volta, num grande corredor, atormentado pela dor. Às vezes quando ele não suporta ouvir as vozes em sua mente, liga o som, coloca no mais alto volume, se enlouquece, a insanidade floresce, do ritmo e da batida, ele grita e chora, quer ir embora, mas para onde? Ele não tem carro, não há táxis nem ônibus, parece que tudo parou no tempo, silêncio, sofrimento. Um homem e a felicidade de se afastar da realidade, de tudo que é mentira, de tudo que não é verdade; vai para cá e vai para lá, se imagina estar em outro lugar. Ele gosta de cinema, do romântico ao grotesco, do são ao insano. Homem sensível, anormal, quer se livrar do seu corpo,